SIRESANT

Uso seguro das aeronaves não tripuladas é tema de Simpósio

O evento contou com debates sobre a visão atual e futura do mercado de drones no Brasil e os desafios da integração dos sistemas de aeronaves não tripuladas
Publicada em: 13/12/2021 13:00
Imprimir
Fonte: DECEA, por Denise Fontes
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Major Oliveira Lima

Foi encerrada, no dia 2 de dezembro a 3ª Edição do Simpósio Regional sobre Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas (SIRESANT), realizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e pelo Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I). O evento somou mais de três mil visualizações e teve um enfoque de caráter mundial com a participação da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), debate sobre a visão atual e futura do mercado de drones no Brasil e os desafios da integração dos sistemas de aeronaves não tripuladas.

Transmitido online pelo canal do DECEA no Youtube, o simpósio reuniu diversos segmentos da comunidade aeronáutica nacional e internacional, como órgãos governamentais, instituições, academias, autoridades reguladoras e usuários do espaço aéreo. O Comandante do CINDACTA I, Coronel Aviador Luiz Felipe Thomaz Gomes Araujo, foi o responsável por conduzir o último dia de evento.

O primeiro painel que abordou o tema “Gerenciamento e Planejamento do Espaço Aéreo e os Principais Projetos do DECEA para Implementação das Aeronaves Não Tripuladas (UAS) no Brasil” contou com a participação do Adjunto da Seção de Planejamento de Sistema de Aeronave não Tripulada do DECEA, Capitão Aviador Jean Pierre de Castro Benevides; com o Chefe da Seção de Gerenciamento de Meios Aéreos do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV)-Esquadrão Hórus, Capitão Aviador Carlos Eduardo Ferreira Silva, com mediação do Chefe da Seção de Coordenação e Controle de Sistema de Aeronaves não Tripuladas do DECEA, Tenente Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Eduardo Araújo da Silva.

A regulamentação esteve presente em quase todas as apresentações e reforçou a necessidade da realização do cadastro das aeronaves pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a homologação pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e a necessidade de solicitação ao DECEA para acessar o espaço aéreo, feito através do sistema SARPAS.

No terceiro dia de simpósio, Mark Wuennenberg, integrante do Corpo Técnico do Secretariado da OACI para Remotely Piloted Aircraft System (RPAS), apresentou um panorama sobre as infraestruturas para o gerenciamento de tráfego aéreo não tripulado, as estratégias de mobilidade aérea avançada e os modelos de regulamentação para Unmanned Aerial System (UAS).

“A OACI continua a desenvolver orientações sobre a infraestrutura permanente para o gerenciamento de tráfego aéreo de aeronaves não tripuladas com contribuições para os Estados, a indústria, a academia e outros stakeholders, que estabelecerão parâmetros para o Sistema UTM (Gerenciamento de Tráfego de Aeronaves Não Tripuladas) do futuro”, esclareceu Mark Wuennerberg.

Segundo o Comandante do CINDACTA I, o evento superou as expectativas, tanto em termos de participantes, quanto na qualidade dos painéis com ampla variação de temas. “Recebemos um grupo seleto de palestrantes, permitindo compartilhar conhecimentos, trocar informações e disseminar a importância da utilização profissional e responsável das aeronaves não tripuladas”, avaliou o Coronel Thomaz.

Fotos: Luiz Eduardo Perez